terça-feira, 24 de junho de 2014

Aborto: Volta à Barbárie

REFLEXÃO
            Apresento uma ótima reflexão do sempre iluminado Pe. Zezinho. Muitas vezes o povo simples fica confuso diante das críticas maldosas que a imprensa faz contra a Igreja e a sua luta ferrenha em favor da vida de todos, também dos ainda não nascidos. A mídia usa todos os meios para denegrir a imagem da Igreja, provocando um grande mal estar diante de questões vitais da ética e da moral. Pe. Zezinho, com palavras simples, mas que não deixam de ser profundas, convida a todos para analisar se o aborto é de fato uma conquista cultural.
            Tive acesso ao artigo pelo Correio Riograndense, número 5.399, p. 6. Leiam e meditem. Pe. Mário


VOLTA À BARBÁRIE
Pe. Zezinho
            Há quem ache que é civilização, mas é barbárie. Também os nazistas achavam um avanço o seu Nacional Socialismo, que provocou milhões de mortes e jogou a Europa no magno conflito 1939-1945.
            Na Inglaterra já se faz aborto impunemente, mesmo quando o motivo é o sexo do bebê. Se os pais não quiserem menina ou menino, porque não queriam um daquele gênero, podem abortá-lo. Alimento ou roupa com algum defeito se troca no supermercado ou na loja, mas filho-feto se mata porque nascer menina ou menino é defeito. Não veio de acordo com a encomenda.
            Hoje, em não poucos ambientes ditos culturais, filho concebido é apenas feto e ainda não se tornou filho. Para eles, filho concebido e não querido deve ser extraído. E chamaram a isso de avanço cultural!
            Na Roma pagã, se o pater-familiae, dono absoluto da vida e da morte dos seus familiares e escravos, decidisse não assumir o filho por ele gerado, simplesmente não o erguia do chão. Havia casos em que a criança era colocada num cesto e exclaustrada da casa para ser adotada. Na Idade Média, muitas famílias abastadas, capazes de abandonar o filho bastardo, mas incapazes de o matar, colocavam a criança rejeitada e sem linhagem numa portinhola de conventos que as criavam como filhos de Deus.
            Hoje, alguns governos subsidiam o aborto, em favor da mulher que não quer ser mãe, mas não deve correr o risco de morrer ao matar o feto que ela não considera como seu filho. O raciocínio é “destrua-se o feto indesejado e salve-se a mãe que não o deseja”. E não falta quem, valendo-se a mídia, acuse as Igrejas cristãs, que defendem o feto, de insensíveis ante tantas mortes de mulheres causadas por aborto mal feito.
            Não deixa de ser questão de saúde pública, mas a possível dor do feto também é questão de saúde pública e, em muitos casos, de sanidade mental. Ou o leitor não acha insano que os pais abortem um feto por não ser do sexo encomendado?...
            Priorizam o direito da mãe não-mãe e secundarizam o feto, eles que seguramente não foram secundarizados. Se estão lutando pró-aborto é porque não foram abortados...



domingo, 15 de junho de 2014

Heresia perigosa

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE - A HERESIA DOS NOSSOS DIAS


Pe. Mário Fernando Glaab


"Se Deus quiser", é o que mais se ouve quando o assunto é sonhos e desejos das pessoas. Ainda mais quando elas estão em situações complicadas nas quais as forças humanas parecem falhar. Como resolver certas questões que fogem às capacidades materiais, intelectuais e profissionais dos indivíduos? O jeito é apelar para soluções religiosas. Deus pode e deve intervir, pois ele é o todo-poderoso, afirmam. O segredo a ser descoberto não está no poder dele, mas na forma de se chegar melhor a ele, isso é, por meio de que religião ou de quais práticas piedosas; onde funciona melhor tal acesso, ou por onde se chega antes? E, por outro lado, não se tem nenhum escrúpulo em afirmar, quando as coisas não deram certas, quando faltou sorte, que "Deus não quis!" Acidentes, doenças, reprovações em provas, insucessos nos negócios, tudo acontece porque "Deus não quis". Pior ainda, por vezes, quem leva a culpa daquilo que não deu certo é o diabo. Pobre do diabo! - Bode expiatório das incompetências humanas.
Explorando a confiança em Deus, tão enraizada no povo simples de todos os tempos, surge, com forte poder de sedução, a heresia da teologia da prosperidade. Ela não é novidade de nossos dias, mas nos últimos tempos cresceu e assumiu proporções assustadoras. Por sobre os desafios cada vez mais prementes da sociedade atual, ela encontra terreno fértil. É bem mais confortável "confiar" em Deus do que arregaçar as mangas e ir para a luta. Quando, por omissão ou incompetência, não se alcança o esperado, jogar a culpa em Deus ou no diabo, também é mais fácil. Contudo, isso não é somente fruto de uma doutrina mal entendida do costume de rezar para pedir sucesso nos empreendimentos; mas é planejado e ensinado por pegadores interesseiros. Não há dúvida de que já desde o início da era cristã, esse aspecto, por falta de conhecimentos e por interesses estranhos, existiu e persistiu. Basta lembrar os abusos na Idade Média com a venda de indulgências que provocaram a revolta dos reformadores. Em nossos dias, no entanto, o problema está tomando proporções alarmantes.
Tudo parte da concepção de Deus que se tem e que é ensinada, tantas vezes ta distante do Deus bíblico. O Deus que se revela na bíblia, principalmente no Novo Testamento, é o Deus-amor (cf. 1 Jo 4,16). Ele não sabe fazer outra coisa a não ser amar. Ele não pode querer o mal nunca; e nem sequer pode não querer o bem de suas criaturas, especialmente de seus filhos e filhas. Ao ser coerente com a visão bíblica de Deus não se pode admitir que Deus-amor possa "permitir" que o mal aconteça para alguém. O mal existe porque as criaturas são limitadas e, como tal, sujeitas a ele. Os seres humanos provocam-no ao usar inconvenientemente a liberdade, que também é finita. Contudo, o apoio e a graça de Deus estão sempre ao dispor de cada um, sem discriminação. Deus não ama mais um do que o outro, só porque este fez algo de bom; e Deus não deixa de amar alguém porque fez algo errado; isso porque Deus é bom. É sempre bom saber que Deus ama cada ser humano não porque o ser humano é bom, mas porque ele é bom. Deus fez o ser humano bom por ser o Deus de bondade. Este é o núcleo central do anúncio de Jesus de Nazaré. E é essa Boa Nova que precisa ser descoberta sempre de novo. Ela se encontra não em abstrações aéreas, mas no encontro vivo com a pessoa, a história e a vida concreta de Jesus de Nazaré, que hoje se torna possível quando se tem os pés no chão, isso é, quando se experimenta a presença e a ação dele na vida do planeta, principalmente na vida ameaçada dos seres humanos. A vida ameaçada grita mais forte no rosto dos pobres de todos os tipos: pobres de bens materiais, pobres de cultura, pobres de fé, pobres do sentido da vida. Aí é que o anúncio vivo do Evangelho se torna verdade. Verdade que é compromisso de transformação. O Homem de Nazaré está aí, não para com um toque de mágica resolver todos os problemas dos humanos, mas para doar continuamente a sua vida, para que todos tenham vida em abundância (cf. Jo 10,10). Uma vez de posse dela, partilhá-la entre si, e assim, ajudando-se mutuamente, vencer o mal pelo bem.
Por isso é mais do que urgente redescobrir o verdadeiro Deus bíblico, o Deus de Jesus de Nazaré. Muitos deuses falsos apareceram durante a história. O que muda é a maneira como eles se apresentam. Mas na essência são sempre os mesmos. Para enganar, eles são tentadores: prometem tirar as cruzes dos ombros de seus seguidores, aliciam com promessas de prosperidade, muito sucesso nos negócios e, aliviam as consciências dos faltosos jogando a culpa no diabo. Assim vale a pena viver! Todavia, em sã consciência, pode-se dizer que é esse o Deus revelado em Jesus de Nazaré?
No mundo globalizado onde tudo vale quando dá lucro, onde as leis do comércio ditam as regras, também as religiões são envolvidas no mesmo emaranhado. Se no passado havia abusos que exploravam a fé das pessoas, hoje eles são mais numerosos. Não se teme tomar o nome de Deus em vista de vantagens pessoais ou do grupo. Existem inúmeros os pregadores que literalmente vendem graças, bênçãos e curas, tanto físicas como espirituais. Quanto mais o fiel investe orando e pagando, tanto mais Deus é obrigado a atender. Os diabos são expulsos pela força que o pregador diz possuir – mas não faz uso desse poder sem esperar algo em troca. Contudo, essa prática não se restringe apenas a certos grupos mais exaltados, está presente em quase todas as igrejas. Algumas conseguem camuflar e elevar o nível das pregações, mas não estão livres da visão errada de Deus e da prática religiosa. O que querem é "aproveitar" do desejo de ser bem-sucedido, tão em voga no homem contemporâneo, e assim fazer adeptos e levar vantagens. Como diz um teólogo: "Não obstante as diferenças históricas, as indulgências de ontem e os rituais de prosperidade de hoje tomam como base da operação religiosa o desejo humano de ser bem-sucedido nessa e na outra vida" (João D. Passos). É a teologia da prosperidade que se constitui em heresia, mais perigosa hoje que no passado.
De quem é a culpa? Sem querer apontar um culpado, convidamos à reflexão. Se as igrejas se preocupassem mais em ter suas doutrinas sempre atualizadas, bem explicadas e acessíveis aos fiéis em geral, será que não mudaria muita coisa? Ter consciência, como diz outro teólogo, que "a teologia deve ser viva e estar a serviço da vida, mesmo que para tal tenha de repensar aquilo que outrora era verdade inquestionável" (Silas Guerriero) não ajudaria a evitar tais abusos? Quem sabe, se de fato a teologia se tornasse importante, isso é, fizesse o seu papel de interpretar as coisas deste mundo à luz da fé, dar a elas o seu sentido último em cada época e em cada situação; se os teólogos fizessem o seu trabalho com dedicação e sinceridade, visando a verdade sem interesses próprios; se os pregadores dessem mais atenção aos teólogos; e, se os fiéis não engolissem qualquer pregação, mas se perguntassem sobre sua origem e seriedade, a heresia cairia vertiginosamente.
A heresia da teologia da prosperidade somente será vencida quando cada um e cada uma assumir a sua dignidade e, consequentemente, os seus compromissos. O ser humano é sempre finito e assim se depara com suas limitações. Precisa, no entanto, assumi-las com responsabilidade. Não atribuir a Deus o que cabe a ser humano fazer e, igualmente não culpar a Deus ou ao diabo pelos seus erros e suas limitações.


Referências bibliográficas


PASSOS, João Décio. Ser como Deus: críticas sobre as relações entre religião e mercado, in: BAPTISTA, P. A. N. e SANCHEZ, W.L. Teologia e Sociedade: Relações, dimensões e valores éticos, São Paulo: Paulinas, 2011.
GUERRIERO, Silas. A diversidade cultural como desafio à teologia, in: BAPTISTA, P. A. N. e SANCHEZ, W.L. Teologia e Sociedade: Relações, dimensões e valores éticos, São Paulo: Paulinas, 2011. 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Melhorar as celebrações litúrgicas

CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS POLUÍDAS
Pe. Mário Fernando Glaab

            No início do cristianismo as celebrações litúrgicas da Igreja primitiva eram muito simples. Os fiéis se reuniam nas casas para ouvir a pregação dos líderes, fazer orações e “repartir o pão”. Nestes encontros não havia nada de pomposo. Restringia-se a um encontro familiar, ou melhor, um encontro comunitário dos discípulos de Jesus que morrera, que ressuscitara e que enviou o seu Espírito sobre eles. Reuniam-se para “fazer memória” do que ele fez e mandou que eles fizessem. Com o passar dos anos foram se organizando ritos para as diversas celebrações. Além das riquíssimas tradições judaicas, as contribuições dos povos que se convertiam ao cristianismo iam se somando às maneiras de celebrar. Importância enorme teve a construção dos templos próprios para serem lugares sagrados. Cada vez mais as comunidades se reuniam em número sempre maior, não mais nas casas, mas nos templos erigidos para essa finalidade: casas de Deus e casas das comunidades, onde as liturgias se revestiam do sagrado. Ao redor do essencial surgiram inúmeros acréscimos simbólicos que porém, aos poucos, chegaram a confundir os fiéis nas celebrações, desviando-os do principal.
            Durante os séculos aconteceram renovações litúrgicas, adaptações, avanços e aprofundamentos. Procurou-se dar aos fiéis de todos os tempos acesso aos mistérios da fé, acentuando mais o mistério, outra vez mais a participação dos fiéis. A partir do Concílio Vaticano II a Igreja empreendeu um enorme esforço para se adequar às exigências dos tempos atuais, também na liturgia. Uma das preocupações do Concílio foi o de “ler os sinais dos tempos” e a partir deles reinterpretar as verdades sempre atuais da fé e expressá-las convenientemente na celebração litúrgica. Especialistas trabalharam incansavelmente para que o povo que pretende celebrar a sua fé pudesse chegar ao essencial e não se perder no acessório.

O espaço litúrgico para a missa
            As igrejas, que na maioria foram construídas em outras épocas necessitaram ser adaptadas aos novos tempos. O espaço litúrgico haveria de ser direcionado para o mistério central da celebração. Isso criou dificuldades, pois não é fácil modificar o que foi planejado com outra visão. Mesmo igrejas novas, construídas depois do Concílio, nem sempre tiveram orientação renovada. Em muitas cabeças as novidades litúrgicas ainda não produziram alterações inovadoras; talvez até provocaram reações adversas. Igrejas modernas não são necessariamente igrejas com espaços litúrgicos conforme a novidade conciliar. Igrejas antigas, e novas também, esbanjam frequentemente imagens de todos os tamanhos, cartazes, faixas, estantes, toalhas, flores, velas e um mundo de objetos que desviam a atenção do que deveria ser central. Pergunta-se, por quê?
            Certamente não é fácil dar os motivos para esse emaranhado de símbolos e objetos de devoção. Porém uma coisa é certa: quando essa variada abundância de coisas não consegue destacar o centro da fé e da celebração que aí se realiza, ela se torna prejudicial. Bom seria se, ao invés de ser material que confunde, fosse acentuar e sobressalientar a simplicidade do necessário. Mas quando isso não acontece pode-se falar em “poluição” do espaço litúrgico.
            Alguns critérios bem práticos para que o espaço litúrgico das igrejas seja funcional, destaque o essencial e não polua o ambiente, podem ser: 1) que o centro de tudo seja o altar, sobriamente ornamentado com uma toalha. Que o altar convide os fiéis a se “aproximarem” do coração de Deus, pois é sobre ele que Cristo se oferece em sacrifício. E que todos os que se aproximam do altar o façam para servir a esse sacrifício. O altar não é uma mesa qualquer que serve para aí se colocar papeis, flores, velas, para aí escrever ou colocar máquinas fotográficas e até celulares; 2) que ao lado do altar, na mesma direção dele, esteja o ambão; nem mais para frente ou mais para trás, nem em degrau inferior. Também ele sobriamente ornamentado. O lecionário, de preferência, seja visível sobre o ambão. Ao se colocar velas ou flores junto dele, estas não devem roubar a cena. Elas somente devem destacar o lugar donde é anunciada a Palavra de Deus; apontam para a “boca de Deus” que conduz à salvação. Igualmente os leitores devem ter consciência do que irão fazer: proclamar a Palavra de Deus. Para isso, o leitor precisa estar muito bem preparado. Ler bem, apesar de saber que não faz somente uma leitura. Ele se empresta a Deus para que Deus possa se comunicar; 3) do outro lado do altar, em lugar bem visível, está a cadeira do presidente, a sede. Esta cadeira, geralmente ladeada por duas menores, está aí para lembrar o Cristo Ressuscitado que está no meio dos seus. Esse lugar é ocupado somente pelo presidente da celebração, o sacerdote que age na pessoa de Cristo. Para não roubar a cena e “esconder” o presidente que está sentado ou junto à cadeira presidencial, recomenda-se que nas cadeiras ao lado dela não se coloque pessoas adultas – ministros -, mas somente coroinhas. Eles têm a finalidade de servir ao presidente e, como crianças, dar-lhe destaque; 4) bem visível na parede ao fundo do altar deve estar o crucifixo. Tanto que quem olha para o altar, necessariamente seja levado a contemplar o Crucificado; 5) imagens de santos, mesmo do padroeiro, podem ter seu lugar de honra no presbitério, mas não desviar do foco central que formam o conjunto até aqui descrito; 6) o sacrário, de preferência esteja em capela lateral. Lá o Santissimo ficará guardado para ser levado àqueles que não podem participar da celebração na igreja; e, para adoração individual ou em grupo. O translado de hóstias consagradas do altar para o sacrário e de lá para o altar durante a missa é sempre muito discreto. Os fiéis naquele momento estão concentrados na celebração da eucaristia, não na adoração.

Os ritos da celebração
            Mesmo que a celebração da missa seja pré-estabelecida, ela admite bastante criatividade. Conforme o tempo litúrgico ou a ocasião em que se celebra, podem-se acrescentar símbolos, mensagens e orações. No entanto, também nesse aspecto, a simplicidade é fundamental. Tudo o que se faz tem como finalidade a comunicação entre o mistério e os fiéis. Quando uma celebração fica sobrecarregada de gestos, mensagens, comentários e até de cantos, ela, ao invés de favorecer a comunicação com o sagrado, torna-se “incomunicação”. Confunde e ofusca o essencial. E, por outro lado, é tão agradável quando a celebração decorre na simplicidade, convidando todos a se ater no essencial. Assim o coração humano sente o coração de Deus e, percebe o pulsar do coração dos irmãos.
            Também aqui temos alguns critérios que podem ajudar: 1) que os comentários sejam breves, e, sempre convidem a “olhar” para o que acontece no ambão ou sobre o altar. Que nunca tomem o lugar desses. Quem quer se comunicar é Deus com sua Palavra e com a doação de seu Filho. O comentarista deve saber disso; não é ele que vai se comunicar: ele “aponta” para o ambão ou para o altar; 2) os cantos igualmente sejam breves. E, nunca - nunca mesmo! – são executados para fazer show. O responsável pelos cantos precisa ajudar a assembleia para que se possa expressar cantando. Com os cantos toda a assembleia exulta de júbilo no Senhor; 3) não convém que a toda hora entrem objetos como imagens, bandeiras, e outros símbolos. Uma ou outra vez tais entradas podem favorecer a união da vida do dia-a-dia das pessoas com o mistério de Cristo; mas não devem se tornar corriqueiras; 4) as homilias sejam um compartilhar da Palavra de Deus; um continuar atualizando o que Deus disse. Homilias longas cansam e não produzem frutos bons; 5) muito barulho e muita movimentação durante a celebração são inconvenientes. O silêncio é importante. Todos precisam de tempo para interiorizar a mensagem e para rezar no profundo de seu coração; 6) avisos – sempre no final da missa -, devem ser concisos e não muito numerosos. Não é o momento de fazer “sermão”, ou até, de reclamar e chamar a atenção das pessoas.
            Convém que todos se sintam membros do Corpo Místico de Cristo e da Igreja, e assim experimentar o amor infinito de Deus nas celebrações eucarísticas. As nossas liturgias devem ser com o povo e não para o povo. As celebrações necessitam levar os fiéis, incluindo o padre e a equipe litúrgica de celebração, a serem um só coração e uma só alma, e que despertem a comunidade para o compromisso com a vida e os mais sofredores do mundo.

            É, portanto, de grande importância que se “limpe” de vez em quando nossas liturgias, pois não raras vezes elas estão bem “poluídas”.