domingo, 28 de junho de 2015

As surpresas em Jesus, o Cristo.

JESUS SURPREENDE (4)

            Muito interessante: sempre de novo se escuta a Igreja proclamar o evangelho de Jesus Cristo. Talvez já tão acostumados em ouvir repetidamente a palavra “evangelho”, ela nem nos chama mais a atenção. Porém, evangelho quer dizer “boa-nova”, uma notícia boa. Portanto, quando na liturgia, a Igreja assim se pronuncia ela está anunciando mais uma vez uma boa notícia de Jesus de Nazaré, que acreditamos ser o Cristo – Filho do Deus Vivo -, como professou Simão Pedro. Essa é a surpresa que sempre se renova. Contudo, na grande Surpresa, que é o próprio Jesus, encontramos inúmeras surpresas, que como graças momentâneas, nos enriquecem grandemente.

Jesus não é justo!
            Quem se deixou surpreender pela pessoa e pela ação de Jesus vai formando aos poucos um conceito amplo dele. Vai descobrindo sempre mais qualidades nos feitos e nas atitudes do Pregador da Palestina. Todavia, algumas palavras ou feitos podem surpreender diferentemente, até confundir. Quem está atento, de repente pode se deparar com parábolas que mostram Jesus ensinando coisas não justas! Será possível?
            Sim. Conforme as justiças dos homens têm direitos aqueles que são os primeiros, os que mais trabalham, os que são melhores, enfim... Jesus, porém, nas suas parábolas, coloca os últimos como primeiros; os primeiros como os últimos; os maus como os reconciliados; os bons como os não justificados. Chama as multidões de miseráveis de toda sorte de “benditos de meu Pai”. Isso não pode ser justo! O nosso mundo, com suas leis e seus julgamentos já deu a sentença a esses miseráveis: são os “marginais”, os “vagabundos”, os “viciados”, os “bandidos”, os “ignorantes”, os “sem lei quem tiram o brilho das cidades maravilhosas”.
            Não dá para não se surpreender, pois Jesus revela que a Justiça de Deus é diversa da justiça dos homens. E, que seus discípulos necessitam descobrir esta Justiça; conhecê-la, vivê-la e, assim ir transformando o mundo para que o reino de Deus se torne realidade em todos e para todos.

As leis são boas
            Na verdade Jesus não ensina a desobedecer às leis, ele vai além das leis. As leis existem para ajudar no discernimento do que é bom e no que é mau. As leis devem ser observadas por todos, ainda mais por quem descobriu em Jesus o “Servo Obediente” em tudo. Todavia, não adianta observar as leis por observá-las. É necessário que se descubra o espírito da lei. Jesus que sempre estava sob a ação do Espírito de Deus, observava a lei no seu sentido mais profundo. Toda e qualquer lei é para garantir o bem das pessoas. Quando estão em jogo as pessoas, verdadeiros sujeitos de relação, tudo deve concorrer para que sejam protegidas, que sejam perdoadas e que possam viver; a começar por aqueles que mais precisam. Aí o critério não é o de quem mais fez, mas o de quem é mais carente. O que interessa não é o que o indivíduo tem, mas o que ele é.
            Certamente, desta surpresa de Jesus temos muito que aprender. Não é fácil dar o lugar para o outro, e é bem mais difícil recompensar ao que não nos fez nada de bom. Mas é por aí que anda Jesus e a sua Boa Notícia. Seus amigos são convidados a se deixarem surpreender e, por sua vez, surpreenderem o mundo que possui tantas leis justas, mesmo que assim se torne “sinal de contradição”.
            Quais são os critérios de justiça que nos orientam? Como nos sentimos diante da Justiça de Deus, ensinada por Jesus de Nazaré? Pensemos.
Pe. Mário Fernando Glaab

WWW.marioglaab.blogspot.com

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Os médicos: sacerdotes do corpo

(Aos nossos amigos médicos: homenagem e gratidão)
                Obs.: Não costumo copiar artigos de outros, mas achei muito oportuno transcrever este, pois nunca teria condições para desenvolver tão magnificamente a o valor e a importância da medicina e dos médicos. Pe. Mário Glaab.

DEUS E OS MÉDICOS
Por Pe. Zezinho, SCJ
            É doutrina católica afirmar que Deus é perfeito. Somos combatidos por isso, mas é isso o que ensinamos. Ele sabe o que faz e porque faz o que faz. Criou tudo o que existe e tem lá suas razões para permitir a doença n mundo e o sofrimento humano. Não sabemos explicar por que, mas Deus, que poderia erradicar qualquer mal, em alguns casos liberta dele ou impede que aconteça; noutros, permite que a doença aconteça e siga seu curso. O Deus que é perfeito, não criou tudo perfeito. Eu gostaria de explicar a dor e a morte, mas estou longe de qualquer explicação nascida de minha inteligência. Simplesmente, não sei explicar a dor nem a cruz. Sei crer, mas não discursar diante de uma mãe que perdeu sua menina de nove anos seqüestrada por um bandido de dezessete anos.
            Deus não criou tudo perfeito, mas deu ao ser humano a capacidade de saber o porquê de muitas coisas e de continuar querendo saber mais. Deu ciências ao ser humano. Uma delas é a ciência do médico. O médico não raciocina sobre o porquê de seu paciente ter contraído uma doença terminal. Ele usa seu raciocínio para buscar soluções lendo as potentes máquinas modernas e tratando de achar os fármacos que poderiam dar certo, se injetados naquele corpo. Médico faz filosofia e teologia, mas primeiro faz medicina. Esta é sua arma. E vai ao corpo enfermo ou ao corpo sarado, mas agora, com uma séria disfunção.
            Dizem que a medicina como ciência nasceu com Hipócrates e que o famoso juramento dos médicos, o juramento de Hipócrates, é nada mais que uma adaptação do texto de amor à vida que seu pai, sacerdote do deus Esculápio lhe teria ensinado. Verdade ou não, a medicina tem muito a ver com a religião e esta com a medicina. O médico ensina a viver, conserta atitudes, melhora a qualidade de vida, devolve esperança, corta e cura, prolonga a vida, intervém e muda um corpo, mostra os riscos e por tudo o que aprendeu tornou-se um doutor, alguém que sabe e ensina. Das ciências, as mais bonitas são as que ensinam a viver. A religião pode ser uma delas, a medicina também.
            Falo isso como padre que aprendeu e aprende com os médicos. Somos irmãos de luta. Corpo e alma necessitam de cuidados. Eles me ensinaram a cuidar de minha voz, de meus ouvidos, de meus dentes, do pulmão, do estômago, da pele, dos rins e dos pés. Fui sentindo dores e eles foram me ensinando a curá-las e a evitá-las. De todos ouvi uma palavra amiga e paciente de quem conhece o corpo humano, mas sabe dos limites e do mistério de cada corpo. Conheço inúmeros médicos por ter ido a eles ou levado pacientes a eles e devo dizer que nunca conheci um que não fosse humilde. Como em toda classe pode haver algum orgulhoso, tolo e interesseiro como em qualquer profissão, mas tive a sorte de conhecer os melhores.
            Deus tem muitos filhos que o ajudam a melhorar sua obra. Os médicos são certamente do grupo de elite. Falo como religioso, alguns médicos são mais sacerdotes que os que deveriam cuidar das coisas da alma. Infelizmente para os sacerdotes agressivos, insensíveis e insensatos. Cuidam melhor do que muitos pregadores que, de tanto fanatismo, chegam a provocar enfermidades. E há os vaidosos que negam que outro ser humano ou outra ciência possa curar alguém. Se eles acham que podem em nome de Deus, por a mão sobre uma cabeça, então, os médicos também podem, prescrevendo um remédio ou pondo um bisturi em uma barriga, abrindo-a e depois, fechando-a. Aquilo também pode ser milagre e, muitas vezes, é.
            Respeitemos os médicos e sua ciência, se nós, religiosos, quisermos que respeitem a nossa. Então, na hora em que a alma lhes doer, eles nos procurarão, e quando nosso corpo ou nossa lama doerem, poderemos procurá-los sem susto. Eles também conseguem com as mãos o que achamos que conseguimos com os joelhos ou com nossos rituais. Erram e acertam como nós. É crer um no outro, porque o dono da vida é Deus e é ele quem dá os dons e faz os convites. Ser médico é coisa séria, difícil, mas extraordinariamente bonita. Reverencio, inclusive, os médicos ateus. Fazem mais pelo povo do que muitos pregadores cheios de unção, mas sem cuidado com os mais frágeis. Deus os ama de um modo assaz especial. Foram chamados a ensinar a viver. E ensinam!

(Revista Paróquias e Casas Religiosas, nº 54, p. 40)

terça-feira, 9 de junho de 2015

Hunsrickisch Schpessje

Dat Weib wo sich de Himmel koafe wollt
Dat fromme Weib wollt doch sicha sin dass es in de Himmel käme tät, wense mo sterwe misst. Hot es awe net gans genau gewust ob das klappe sollt. Do hotze mo en Idäe griet: is bei de Pfarra gang un gesoot: “Herr Pfarra, wenn eich de Pfarrei 10.000,00 Reals opfre, is dann de Himmel garantiert fa mich?” De Pfarra hot mo son bische geluat; dann horra enst aus parlamentiert: “Ich kann das jo oach net so sicha garantiere, awa in de Zweiwlerei is es am beste wenn ihr gute Fraa es gleich opfre tät. So lang dorum mache kann noch schlechte Gedanke in de Kopp brenge”.
Naja, en gutes Root is imma viel Wert, awa manchmol komme ach schlechte Gedanke in dem Pfarra sein Kopp! Wie es aussiet hat es dem Pfarra gefall, un ea wollt net lang dorum bumle.
Gloabsmário

www.marioglaab.blogspot.com.br