quinta-feira, 10 de março de 2016

Hunsrickisch Spesje

De Besoffne Schwong un de Giltiche Nochba

            Bei uns in de Kolonie hon doch di Leit sich all gut gekent. Jeda wuscht wie die ganz Geschicht abloofe tut bei de Nachbaschafft. Wen mo was bisje komisches voa komm is dan is es jo gleich in dem ganz Pikot vazehlt gebb. So en ganz Wuch is die Gechichte in alle Ecke gesproch gebb. Emol woa doch mo de Schwong in dea Leit erre Quatsch komm. So wor es:
De Schwong wo doch schun bekant bei dem Volk weil er so ohrich tief in das Gloos geguckt hat – so viel Schnaps gesoff hot. Do is dan mo passiert dass de Schwong owents hem komm is un hat de Kaneca voll! De orem Mann hat do gestan voa de Tea mit dem Schlissel in de Hand, hot awe einfach dat Schlisselloch net getroff. Dat hat so gang wie wenn es imma ausreisse wolt. Hin um hea. Do is dan uff emol de Nochba dezu komm. “Na, was is dann, Schwong?” hot de gefrot. “Sol ich dich mol helfe de Schlissel in das Schlisselloch schiewe?” “Nee!” sot de Schwong, “wen’s du mich helfe willscht, hal dan besse mo das Haus fest. Das tut sich doch imme so beweche!”. De Nochba wollt jo blos giltich sem, awa es hat net pariert. Die Leit hon sich lechlich demit gemach.

Glaabmário

segunda-feira, 7 de março de 2016

Deus nos salva não do sofrimento, mas no sofrimento!

JESUS SOFRE CONOSCO

            Viciada pela mentalidade capitalista, grande parte dos cristãos procura um deus que liberta do sofrimento, da dor e da morte. Como cada vez mais se compra o prazer, o poder e o domínio sobre todas as situações, também se busca, através da barganha pecuniária, a solução para o problema do sofrimento humano.
            Sem dúvida, é bom se preocupar com a eliminação dos sofrimentos que atingem as pessoas, tanto físicos como espirituais, psicológicos e de tantas outras maneiras. Mas que não se pode é negociar com Deus, para que ele resolva o que cabe a nós, seres humanos inteligentes e capazes, resolver. Na verdade, Deus, ou Jesus mesmo, não pode nos ajudar naquilo que é próprio nosso. Parece uma afirmação de alguém que não confia no poder de Cristo. Mas é pura verdade.
            Deus, em Jesus Cristo, está sempre com todos nós. Ele não nos abandona nos momentos felizes, como nos momentos de dor e de desespero. Se assim não fosse, ele não seria o “Deus Conosco”. Porém, também para os mais santos e devotos, o sofrimento é nua e crua realidade. Por quê?
            O sofrimento e a dor sempre serão a grande incógnita da vida dos humanos. Nem mesmo a fé cristã nos dá uma resposta como nós gostaríamos; ainda mais, influenciados pelo mundo que tudo quer explicar científica e tecnicamente. No entanto, esta mesma fé responde de outra maneira. Ela desafia mais nossa capacidade limitada e pede confiança total. Confiança não em alguma teoria ou em explicações racionais. Confiança naquele em quem acreditamos.
            Nós, os cristãos, cremos que Deus veio fazer história conosco. Ele se revelou e continua a se revelar. A revelação de Deus tomou forma humana na pessoa de Jesus de Nazaré. Ele veio, em momento histórico e localização geográfica precisos. Teve a sua história concreta. A fez com o seu povo. Mas não ficou restrito àquele momento histórico e àquela região da Palestina. Ele, o Filho do Pai Eterno encarnado na pessoa de Jesus, veio para ficar com todos os seres humanos de todos os tempos e de todos os lugares. Ele entrou na eternidade de Deus pela ressurreição. A história humana está perpassada pela história de Deus. Tudo o que acontece neste mundo, é afirmação ou negação desta verdade. Os acontecimentos que dão vida, favorecem a vida (não só dos humanos, mas também das demais formas de vida no Planeta) e a defendem, são verdadeiras, e sinalizam para a presença de Deus na história; os acontecimentos que matam, destroem ou dificultam a vida, são mentirosos, e negam a presença de Deus na caminhada histórica do mundo.
            O desafio do cristão está em se posicionar a favor da verdade. Isto pode lhe custar imensos sofrimentos, pois o mundo não quer ver a Deus. O mundo se sente perturbado pela presença de Deus. Ele quer se deliciar com a história longe da verdade. Quer viver na mentira, quer se esconder atrás dos próprios erros. O cristão, porém, sabendo que Deus está presente em Jesus que assumiu sobre si as dores e os sofrimentos da humanidade, não se acovarda. Assume a vida na verdade, assim como Jesus confiou verdadeiramente em Deus, ao ponto de lhe entregar o espírito no momento mais drástico da existência: no momento da morte. Assim também o cristão confia, mesmo que a dor, a incompreensão, a injustiça e o mal o fazem sofrer as mais terríveis angústias, até mesmo a morte.
            Resumindo tudo isso, podemos afirmar com o grande teólogo de nossos tempos, A. Queiruga, que “Deus, na história, não nos salva do sofrimento, mas nos salva no sofrimento”. Deus nos salva para a vida plena, como salvou a Jesus de Nazaré, ressuscitando-o. A ressurreição ninguém pode comprar, mas é gratuidade para os que a acolherem. O sofrimento faz parte da caminhada, mas não tem a última palavra. A última Palavra é Cristo Ressuscitado, vencedor do mal e da morte.
Pe. Mário Fernando Glaab

www.marioglaab.blgspot.com