sábado, 31 de dezembro de 2016

Sprichja - Hunsrick

Solang wie es geht, geht's jo!

Wie geht es? Och, es geht. Naja, dann geht's jo.

Es geht imma bessa, haupsechlich de Berich runne!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Hunsrikisch - Historinha em dialeto alemão sul-brasileiro

DAS MODENNE LEWE

Wie die Modennheit in die Kolonie kum is do is jo Alles annesta gebb. Friia do hot ma jo das Lewe mit Gemitlichkeit oangesihen. Speta is das jo imma schlimma gebb mit dem Rasen. Keine kan jo me gemitlich sei Schimaron trike un iwa das Wetta spreche; es heist imma ma muss sihen dass georwet wet, um dass die Zeit benutz wet. Zeit, son’se, is Geld. Oje, das losst die Leit ganz varickt. Un dan, im dem Corre-corre tun se jo die Helft vergesse, die scheene Sache vun Lewe iwahaupt.
Uff emol hot doch de Fritz vun Capiroweberg mo de Pinhonleopold in de Wende oangetrof, dat in Statplaz, wo die Leit jede Wuch mo hin sin fa erre Geschefte abmache. Wie sie sich gegrist han do hat de Fritz an dem Leopold sein Finge en Zwennfoden oangebun gesihen. Hot ach gleich mo gefrot: “Na, warom hoscht du em Foden an dei Finge?” Dan hot de Leopold erklert: “Ja, das hat mei Frauche gemach; dat solt sen dass ich net vergesse tet de Brief wo sie fa unsa Rudi geschrip hot uff die Post se tun”. “Naja, un hoscht du ihn schun abgeschickt?” frot dan de Annere. De Leopold lametiert: “Gut, ich wolt es jo mache, awa mei weib hot jo doch vegess mir de Brief mitgewe”.
Da is alles Konsequenz vun dem Votschrit. Die Modennezeit tut die Leit all dum un vergess losse. Das Lewe is modenn, awa ich meene sie wea net me so schen um lustich wie um die Zeit wie es woa wie die Televison, die Komputas, um die Internet noch net uff de Kolonie existiert hot. Imma mea veliert ma die lustiche Sache wo die Familie so reich gemacht hot. Das is halt mo so in dem modenn Lewe.

Glaabsmario

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O Dízimo aproxima dos pobres.

DÍZIMO E PARTILHA COM OS POBRES

            Nada mais justo e acertado que afirmar que o dízimo é gesto gratuito de “devolução” a Deus por tudo o que dele recebemos. Quem possui consciência de que tudo vem de Deus, como manifestação de seu infinito amor, não tem dificuldade para fazer do seu dízimo a resposta amorosa e gratuita. No entanto, onde e como é possível devolver a Deus os inúmeros dons que dia após dia ele dá a cada filha e filho seu? É suficiente colocar o nome na relação dos dizimistas da paróquia e descontar um valor considerável da renda cada mês, e pronto?
           
Dízimo: devolução generosa
            Diante das muitas iniciativas de conscientização, empreendidas nas últimas décadas, para esclarecer a importância e o verdadeiro sentido do dízimo; ficou claro, para os que dão – e não pagam – o dízimo, que ele é devolução generosa, conforme a fé e a possibilidade de cada um. Fica, porém, algo de estranho no ar: se Deus dá com tanta abundância ao ponto de não reter nada para si – o ser humano é provido de liberdade para administrar a criação -, ele espera ou aceita algo em troca de seu gesto amoroso? Já o salmista se pergunta: “Que retribuirei ao Senhor por todo o bem que me deu?” (Sl 116,12) e se refere à salvação que vem pelo nome do Senhor, sem responder convenientemente. Generosidade é, neste caso, algo que vai além da devolução, pois devolução implica necessariamente uma forma de “pagamento”, mas contém em si mesmo o conceito de gratuidade.
            O generoso é generoso, não porque quer ser bom, mas muito mais, porque experiencia a generosidade gratuita. A generosidade do generoso não está em vista de provocar outros a serem também generosos, porém parte daquilo que é experiência vivida e acolhida. Quer dizer que antes de alguém ser generoso, ele já se experimenta envolvido pela generosidade do outro (Deus). Quem nunca deixou se enlevar por esta experiência nunca poderá ser verdadeiramente generoso.
            Mas então, por que devolução generosa? Quando alguém é generoso ele está devolvendo algo para Deus? O dízimo é esta devolução? Deus precisa dela? Dá o que pensar!

A generosidade e os pobres
            Alguém pode pensar que Deus colocou os pobres no mundo para que os generosos pratiquem sua virtude. Negativo! Isto seria crueldade da parte de Deus. Deus, que é Amor, nunca sacrificaria uma criatura sua para que outra possa ser virtuosa (ainda mais que a generosidade da criatura nunca ser perfeita). Se existem pobres em nosso meio não é por culpa ou planejamento de Deus. Deus fez tudo para ser bom; e, a pobreza não é coisa boa. Nem mesmo a situação de quem é pobre. Se Deus ama o pobre, não é porque Deus o quer pobre. Deus ama o pobre porque o quer bem. A generosidade de Deus é para com todos. Se existem pobres, não é porque Deus é mais generoso para com alguns e menos para com outros. O que acontece é que uns se apossam dos bens que Deus em sua imensa generosidade, coloca à disposição de todos, isto é, dos outros. Assim se desequilibra a harmonia querida por Deus. Alguns ficam com o que é dos outros. A generosidade de Deus é atingida em sua aplicabilidade. É a ganância que tanto sofrimento acarreta para o mundo todo.
            O dízimo como reconhecimento (experiência) da generosidade de Deus não devolve um pouco do recebido a Deus, que não quer nada em troca de seu amor. É, no entanto, continuação da obra de Deus, que é o Generoso. Como ele não pode não amar, ele mesmo, em Jesus Cristo, se identifica com o pobre, para que a nossa generosidade o atinja lá onde está o pobre. Todavia, o pobre – Jesus Cristo – não é atingido por quem quer fazer algo em prol dele, mas somente quando a experiência do amor de Deus o faz estar em comunhão, isto é, quando compartilha os mesmos desafios, as mesmas carências e as mesmas dores do pobre. Generosidade é identificação, assim como Deus, em Jesus Cristo se identifica com todo ser humano, preferencialmente com o pobre.
            Uma paróquia que recebe o dízimo de seus fiéis somente é “dizimista” quando se faz generosa. A sua generosidade é fruto do amor generoso de Deus, manifestado nos membros que a compõem, e por sua vez, é generosa com os pobres, os que clamam por identificação. Talvez seja também isso que o Papa Francisco nos quer ensinar quando insiste em uma “Igreja pobre e em saída”.
            Sejamos acolhedores da generosidade de Deus, sejamos dizimistas generosos para que nossa paróquia possa se identificar com os pobres, e assim se estabelecer uma rede de generosidade: Deus generoso com seus filhos e filhas generosos.

Pe. Mário Fernando Glaab